domingo, 11 de dezembro de 2011

Espelhos de imagem distorcida

Cabelo embaraçado, tênis furado e o bolso apertado
todas as placas mostram um grande NÃO
mas quem foi que disse que existe padrão?

No Sol, o cansaço, na amada um amasso, engolindo o bagaço
e debaixo do braço leva o violão
mas quem foi que disse que existe padrão?

O olho, azul, o pensamento crú, de boca fechada e de corpo nu
sinônimo da atual satisfação
você insiste ter que ter padrão? ser padrão? ter patrão? ser patrão?

A reviravolta, virá com a revolta, se se mostrar vivo, ser sujeito ativo
então virar composto, para tomar o posto do que é desgosto
se fazer feliz, sem cobrar, da felicidade, imposto
Mesmo o demente, sem falar no carente, ainda que falte um dente, não se sinta à frente, porque toda gente é um espelho da gente.

3 comentários:

  1. Meninoooo, vc escreve muito bem parabéns, adorei essa poesia!

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  2. Ótimo! Cada trecho dá mil novos textos. Fucei no seu álbum do Face. Logo tem escultura na areia de novo.

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  3. Realmente em neste primeiro texto que leio, após o singular convite no onibus , percebo que estou diante de um belo escritor e por que não um autêntico poeta destas terras caiçaras.

    parabens!!!

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