quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Blablação Vazia

Blá blá.. língua limitada, não da nó, nem perde a fala
agradece e agrada, não corre risco
não se põe nem se opõe

Palavras baratas numa expressão de falsa cara
que nem se compara ao abraço, o beijo e o gesto
de carinho que não se faz confesso

Troféus e medalhas de ouro,
desse ouro, toneladas não são nenhum tesouro
assim funciona o mecanismo, bem regrado, limitado, programado para o eterno.. Blá blá

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Trajes Restritos

No jogo de luzes e ilusões irritantes,
nada se vê à flôr da pele
nada se sente, ninguém se fere
ninguém se encanta, só se repele

A beleza não tem consigo força,
para romper os muros que os olhares impõe
ouvidos ligados na melodia inconveniente
que línguas sem graça compõe

Me disfarçarei!
Colocarei trapos e seguirei com sede
ou quem sabe um terno e sapatos caros?
serei tipos descartáveis, bonitos, simples e raros
esconderei, de fato, a sinceridade de meus olhos verdes.

Entraria em igrejas para contar meus causos,
oferecendo qualquer bom líquido para meus ouvintes?
seria igualmente impactante estourar os tímpanos alheios com meus refrões
ouvidos suplicando pelo fútil e olhares mirando cifrões

De qualquer modo poderia respeitar as placas, andar nas faixas
mas, graças a Deus, nesse quebra-cabeças de todo dia,
sempre existe uma peça que não se encaixa