sábado, 18 de dezembro de 2010

Azul

Meu caminho errante provou seu calmante, remédio cicatrizante, com distinto semblante: olhar penetrante, sorriso adoçante.. alguma coisa aconteceria naquele instante!
  
Me acorda, me belisca, tira minha preguiça enquanto me beija e mordisca, com as unhas me arranha me risca, chega a sair faísca
  
Doce atrito de linguas em conflito, com o corpo me agito, fui ganho, admito, amor no qual acredito e aos quatro cantos grito: Achei o amor infinito!
  
A ausência de minha carência me trouxe ciência do que era essência, mergulhamos em ondas de mesma frequência, embora a convivência tenha suas turbulências, absorvo como experiência, amor é causa e felicidade consequência.
  
Sou sujeito desajeito, com minha lista de defeitos, até me endireito, tento ser perfeito para dar um jeito de habitar o lado esquerdo do teu peito
  
Me fez maduro, derrubando muros, me tirou de apuros, onde me aventuro sempre inseguro, me mostrou quem sou, ja não me desfiguro, e todo meu futuro é com você, eu juro! Quando nem eu mesmo me aturo, lá vem ela com sentimentos puros, transformando o que é escuro num imenso Azul.

pra você, Áurea que me ilumina :)